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Seguir a razão ou o coração na escolha profissional?

Como fazer boas escolhas profissionais e enfrentar dilemas entre a razão e a emoção. Será que cérebro e coração não podem andar de mãos dadas? Vem comigo!


Andrea, 18 anos, é apaixonada pelas artes em geral, dança desde pequena, faz aulas de canto, toca piano, violão e pinta. É nesse universo que sente realizada. Quanto à escolha profissional, diz que se fosse só "pelo emocional" cursaria artes visuais, artes cênicas ou música.


Porém se sente muito insegura com relação ao seu futuro profissional e como manteria o padrão de vida.

Paulo passa por questionamentos parecidos. Ama futebol. Joga desde muito pequeno e é aficionado nos esportes em geral. Gosta de comentar, assistir jogos e praticar quaisquer atividades esportivas. Pensa em cursar Educação Física. Assim como Andréa, se sente inseguro quanto as perspectivas e remuneração.


O que mais eles têm em comum?


Ambos são bons alunos na escola, Andréa tem raciocínio lógico e habilidades para exatas, Paulo tem facilidade com idiomas e comunicação. E a pergunta de um milhão de dólares é...


"Sigo o meu desejo ou faço um curso mais tradicional?"


O que você faria, ou o que diria para o seu filho?

Se espera uma resposta única, sinto te decepcionar!

A verdade é que não há resposta, e melhor que posso te oferecer são ideias para refletir sobre.


E lembrando principalmente que não há garantias!


A opção adequada para um indivíduo pode ser uma péssima escolha para um outro. Por isso, a palavra-chave é AUTOCONHECIMENTO.


Um "causo" pessoal...


Quando eu tinha uns vinte e seis anos, fiz um teste vocacional pois não estava satisfeita na minha carreira na área comercial, na época eu tinha cursado marketing.

O resultado foi que eu poderia fazer algo ligado à moda, beleza, artes. Realmente são áreas que me despertavam na época, até cheguei a fazer uma formação em consultoria de imagem.


Mas só fui me encontrar profissionalmente quando optei por cursar Psicologia, alguns anos depois.


Entendi que gostar de moda, beleza, arte não significa que queria trabalhar com isso, afinal...


Eu prefiro um trabalho mais "estruturado", específico, se é que podemos chamar assim. Mas atenção, isso é da minha personalidade. Eu gosto de ter uma profissão que conte com um registro de conselho, me sinto mais segura assim.

E como desde sempre fui apaixonada por assuntos ligados a mente e ao desenvolvimento pessoal encontrei na psicologia a possibilidade de realização profissional. Consegui juntar a minha paixão a uma profissão mais "tradicional".


A jovem que decidiu ser maquiadora e...


Um colega de profissão, contou durante uma palestra que certa vez atendeu uma jovem em orientação profissional que sonhava em ser maquiadora. Ao longo do processo o desejo foi se confirmando e ela tomou a decisão.


O colega psicólogo, hoje um profissional renomado, estava em início de carreira, e ficou temeroso como os pais da jovem receberiam tal notícia, trazendo o peso da responsabilidade para si.


Para resumir a história, o colega conta com muita alegria que a jovem se tornou maquiadora do Cirque du Soleil e é uma referência na área.


Como usar o autoconhecimento para escolher entre seguir a razão ou o coração?


1. Conhecer seus valores é fundamental. Se a estabilidade, a segurança é muito importante para você e é uma pessoa avessa a riscos, talvez ir pela razão é algo a se considerar!


2. Se o seu sonho é um curso ou profissão mais inovadora, fora da caixa ou mesmo não considerado estável é importante levar em conta a sua determinação e autoconfiança.


3. Quais são suas habilidades, pontos fortes? Como tudo isso impacta se for optar pelo curso X ou Y?


4. E quais seus pontos fracos, dificuldades. Como impactaria na escolha do curso X ou Y?


5. Se a profissão do coração é relacionada ao seu hobby, pense bem se quer transformar seu hobby em um trabalho, pois ele vai deixar de ser algo somente por diversão.


6. Você tem vontade de empreender? Se é uma pessoa inovadora e criativa, tem iniciativa e busca autonomia, empreender pode ser um bom caminho!


E se está nesse dilema entre seguir a razão ou o coração siga estas orientações:


1. Pesquise muito sobre os cursos que você cogita e quais as possibilidades profissionais.


2. Reflita realmente se as duas opções são antagônicas, as vezes elas se complementam. Treine olhar sob novas perspectivas.


3. Converse com pessoas que você admira e que podem te ajudar a pensar ou busque ajuda profissional. Você não precisa passar por essas dúvidas sozinho (a)!


4. Escreva as vantagens e desvantagens de cada escolha


5. Nunca ignore ou passe batido se você tem um sonho. Mesmo que não possa viabilizá-lo nesse momento.


6. Leia o texto sobre vocação aqui nesse mesmo blog.



Muita atenção com o principal:


É FUNDAMENTAL, que você goste do curso e da profissão, mesmo que seja uma escolha somente racional. Este trabalho tem que fazer sentido para você e combinar com a sua personalidade. Senão realmente fica difícil suportar.


Afinal, existem tantos cursos e tantas profissões diferente que é desnecessário fazer algo que não goste de verdade somente por "ser o certo a fazer".


Lembre-se: o mercado é amplo e diverso, as possibilidades são inúmeras. As profissões atualmente são mais fluidas e muitas conversam entre si.


Sempre é possível fazer uma especialização, ou um curso diferente da sua área para agregar aos seus conhecimentos e sim, mudar de área se for o caso. O conhecimento e experiência nunca serão perdidos.


Para conteúdos sobre adolescência e orientação profissional, siga meu instagram https://www.instagram.com/giselepsico_/


Gisele Essoudry

Psicóloga e orientadora profissional

CRP 06118-106

Atendimento presencial e online

Razão ou Coração na escolha profissional - Artigo do blog - Gisele Essoudry - Psicóloga

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